segunda-feira, 28 de junho de 2010

Piercing lingual pode ser prejudicial a saúde

Acessório pode provocar infecção, hipersalivação, inchaço, traumas em dentes e até câncer bucal
Povos ancestrais como os maias utilizavam o piercing oral em ritos de passagem. Os jovens da era moderna não necessitam mais provar que são bons caçadores, mas ainda utilizam a jóia na bochecha, lábios e principalmente na língua como acessório da moda ou para reafirmar a identificação com sua “tribo”. Porém, o que muitos usuários não sabem é que o adereço pode trazer sérios riscos à saúde, como o câncer bucal.
Em primeiro lugar, nem sempre os estabelecimentos que colocam as peças seguem as normas de vigilância sanitária e de esterilização. A falta de cuidados com a biossegurança favorece a transmissão cruzada de hepatite e de Aids.
A dor e o edema na língua são as primeiras complicações que surgem com a punção. Quando a perfuração atinge regiões vascularizadas ou nervosas, o órgão pode apresentar sangramento prolongado ou parestesia (sensações subjetivas vivenciadas mesmo sem estimulação, como frio, calor, formigamento). E se a língua inchar demais pode até fechar a passagem do ar e dificultar a respiração.
E como somente profissionais de saúde estão habilitados a prescrever antibióticos na fase pós-operatória, o usuário pode desenvolver uma infecção por falta de precauções
Os riscos não cessam após a colocação da peça. Mesmo que o usuário não apresente quadro infeccioso no início, o hábito de brincar com a jóia ou a simples mastigação pode causar danos aos tecidos vizinhos. A literatura científica reporta casos de fratura dental, trauma na mucosa, gengiva e palato, retração gengival – que deixa o dente mais vulnerável à cárie e à periodontite - e cicatrização exagerada (quelóide) na língua em usuários de piercing. Outros problemas são interferência na mastigação, deglutição e fonação, hipersalivação, dificuldades na fala, além de aspiração da jóia, incorporação da jóia no local da perfuração, obstrução de imagens radiográficas e hipersensibilidade ao metal. Piercings colocados em outras regiões da cavidade oral também podem causar danos irreversíveis aos pacientes.
O trauma contínuo e de baixa intensidade provocado por um objeto estranho ao corpo como o piercing, potencializado pelo consumo de álcool, fumo ou propensão genética, pode levar ao câncer.
Aconselha-se aos usuários do acessório procurar um cirurgião-dentista de sua confiança para acompanhamento e identificação de eventuais danos à saúde bucal.

Dúvidas frequentes sobre o tratamento ortodôntico

• Adultos também podem usar aparelhos ortodônticos?
Sim, os pacientes que possuem desajustes na posição dos dentes ou no tamanho dos ossos da face, com conseqüente desarmonia muscular, devem ser submetidos ao tratamento ortodôntico, mesmo quando em idade adulta. O descuido com a oclusão pode resultar em danos às estruturas de suporte dental (gengiva e osso), dores ou ruídos na articulação e até mesmo na perda de dentes.
Devemos lembrar que ano a ano cresce a expectativa de vida do brasileiro e, visto que todos esses problemas são agravados com o aumento da idade, devemos corrigi-lo o quanto antes, para garantir uma velhice saudável aos nossos pacientes.



• O tratamento ortodôntico nos adultos traz os mesmos resultados que nos jovens?
Infelizmente, nos adultos, as correções são muito menos abrangente que nos jovens, já que nestes contamos com o crescimento dos ossos e a adaptação dos músculos da face. Além disso, nas crianças os dentes permanentes ainda estão nascendo, e assim podemos direcioná-lo mais facilmente aos seus lugares definitivos.
No adulto, a correção estará limitada a melhorar o posicionamento dental, e eventuais alterações de posição dos ossos faciais poderão ser realizadas cirurgicamente.



• Quais são as principais características do tratamento no adulto?
O aumento da idade acarreta maior dificuldade de reparação dos tecidos. Esse fato é de fácil constatação em atletas: observamos que os mais novos curam-se facilmente de lesões, ao passo que os mais velhos têm recuperação bastante lenta. Essa distinção do metabolismo nas várias faixas etárias também deve ser observada na movimentação dental, realizando-se no adulto, um tratamento mais lento e mais cuidadoso. Isso, hoje em dia é possível graças aos recentes avanços na Ortodontia, que emprega fios compostos por titânio e molibdênio, para produzir movimentos suaves e muito menos dolorosos.



• Os pacientes com doenças gengivais também podem ser tratados?
Enquanto a doença periodontal estiver ativa (presença de inflamação), o tratamento ortodôntico está contra-indicado. Após a estabilização do problema, o ortodontista deve proceder à cuidadosa avaliação para mensurar a extensão dos danos provocados e indicar o tipo de aparelho que mais se ajuste ao caso.



• Como a ortodontia em adultos pode colaborar nos tratamentos clínicos?
Alguns pacientes apresentam problemas complexos que requerem terapias restauradoras, endodônticas, protéticas e/ou periodontais, em conjunto com a prática ortodôntica.
Casos de dente inclinados ou extruídos devido à perda precoce de seus vizinhos ou antagonistas, dentes inclusos total ou parcialmente, assim como dentes girados, podem comprometer seriamente o trabalho clínico.
Para a solução desses problemas, o ortodontista emprega aparelhos fixos totais (colocados em todo o arco dental) ou parciais (instalados em apenas alguns dentes), para proceder a pequenos movimentos dentais e, com isso, permitir o sucesso do tratamento integrado.



• Qual é o tipo de aparelho mais indicado para os adultos, o fixo ou o removível?
Os aparelhos removíveis têm a sua maior utilização para os jovens, uma vez que agem principalmente reposicionando os ossos e harmonizando a função muscular. Contudo, nos adultos, é necessário um dispositivo que promova o ajuste preciso da posição dos dentes, e nesse caso, os aparelhos fixos são os indicados, por serem mais eficientes e seguros na movimentação.



• Qual seria a opção mais estética para os aparelhos fixo?
Há cerca de 20 anos iniciou-se a busca por aparelhos fixos que possuíssem um aspecto mais agradável. No início, foram fabricados os bráquetes (peças que se fixam aos dentes) de plástico, que logo caíram em desuso por se deformarem facilmente e sofrerem escurecimento. Depois, a indústria de materiais ortodônticos adotou a cerâmica como principal constituinte dos aparelhos fixos estéticos, já que esse material resiste melhor às forças produzidas pelo fio e é mais resistente às manchas. Hoje, os pacientes podem contar com dispositivos ortodônticos bastante eficientes e quase invisíveis.



• Além da estética, existem diferenças entre os aparelhos fixos metálico e o cerâmico?
O aparelho de cerâmica tem como principais desvantagens, em relação ao metálico, seu custo mais elevado e maior fragilidade à fratura. Do ponto de vista mecânico, as peças cerâmicas que possuem uma canaleta metálica no centro são as mais indicadas, pois diminuem o atrito do fio com o aparelho, reduzindo a duração do tratamento.

Avulsão Dentária

AVULSÃO DENTÁRIA
O QUE FAZER???


1) Se você cair e seu dente sair da boca...
2) Lave seu dente em água corrente, nunca esfregue...
3) Recoloque o dente no lugar de onde ele caiu...
4) Se você não conseguir, mergulhe o dente no leite ou soro fisiológico.
5) Corra para o dentista, o tempo é muito importante!!!!


Avulsão dental pode ser conceituada como a total desarticulação do dentes do interior do seu alvéolo.É considerada uma das situações clínicas mais dramáticas dentro da traumatologia dental.
Tal lesão traumática ocorre sempre de modo inesperado seja devido à queda de bicicleta, a acidente automobilístico ou mesmo por esporte coletivo. O fato é que o envolvimento emocional do paciente e seus familiares assume importância igual ou maior do que o dano físico.
O reimplante imediato representa o tratamento de escolha e o sucesso desse procedimento está na dependência do período extra-alveolar e os meios de armazenamento.
Sem a possibilidade de o dente ser reimplantado no local e imediatamente, há a necessidade de transportá-lo até o consultório, para que seja reimplantado o mais breve possível. Para isso, o elemento dental deverá ser imerso em um meio líquido como: leite, saliva (transportado no interior da boca) ou solução de soro fisiológico.
O dente não poderá ser transportado a seco.
Vários estudos têm demonstrado que o leite é o melhor meio de estocagem para o elemento avulsionado. Mostrando melhor possibilidade de prolongar a vida das fibras do ligamento periodontal por até 12 horas, bem como osmolaridade compatível e menor contaminação que a saliva. Se não for possível a imersão no leite, pode-se optar pela solução fisiológica e na impossibilidade da solução fisiológica, deverá ser colocado na boca do paciente.
Com a chegada do paciente no consultório, independentemente do período que o dente permaneceu fora do alvéolo e o meio no qual foi transportado, o dente deverá ser imobilizado por meio de uma contenção.
Após 7 a 10 dias, período que coincide com a remoção da contenção, será iniciada a terapia endodôntica.
Apesar de todos os cuidados, o dente reimplantado sofre seqüelas irreversíveis. Mesmo diante de condições adversas (extenso período extra-alveolar e meio de estocagem), o reimplante deve ser realizado.
Ainda que as seqüelas acometam o dente reimplantado, nossos esforços deverão estar concentrados em manter o dente dentro do sistema estomatognático por maior tempo possível a fim de proporcionarmos condições locais e emocionais para uma futura reabilitação.
Importante salientar que o reimplante somente deverá ser feito em dente permanente, jamais se reimplanta um dente decíduo.